Em 2025, o Aterro do Flamengo, um dos mais emblemáticos espaços públicos do Rio de Janeiro, celebra seus 60 anos. Este marco histórico ressalta a crescente necessidade de um projeto abrangente que combine infraestrutura, turismo, lazer e segurança para garantir a preservação e o pleno aproveitamento do local.
O belo sexagenário merece ganhar um Plano Diretor de presente, assim que atendaria todas as necessidades do espaço, que é um famoso cartão-postal carioca.
É o que sugere Sydnei Menezes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ).
“Ao completar seis décadas, fica ainda mais evidente a urgência de um projeto de revitalização e preservação do Aterro do Flamengo. Precisamos de uma abordagem integrada que contemple a infraestrutura, o turismo, o lazer e a segurança no local, com a colaboração dos governos municipal, estadual e federal”, diz Sydnei Menezes, que defende a criação de um “Plano Diretor” para o Aterro, com ações sustentáveis e de longo prazo.
O Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, popularmente conhecido como Aterro do Flamengo, é um ícone da cidade, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Seu valor histórico, cultural e paisagístico exige cuidados constantes para que cariocas e turistas continuem desfrutando de sua beleza e importância.
“Esse planejamento deve contemplar, entre outros pontos, o uso e ocupação do espaço, a manutenção e conservação do patrimônio, a estruturação de áreas de lazer, a ampliação de infraestrutura como banheiros e opções de alimentação, além de, claro, segurança”, afirma o presidente do CAU/RJ.
Com seus 1.300.000 m², o Aterro do Flamengo é um dos maiores parques urbanos do Rio, oferecendo atividades para todas as idades e gostos, como quadras de esportes, pista de corrida, jardins e acesso à praia. É um local fundamental para o bem-estar da população carioca, fluminense, nacional e, claro, turística.
“Preservar o Aterro é preservar um legado. É um espaço de lazer gratuito para a população, projetado por grandes nomes do paisagismo como Lota Macedo Soares e Roberto Burle Marx”, ressalta Menezes, que lembra ainda a importância de Affonso Eduardo Reidy nesse projeto.
Construído parcialmente com material de demolição de morros do Centro do Rio, o Aterro do Flamengo representa a convivência entre o urbano e a natureza e é um dos maiores símbolos do Rio. A preservação e revitalização deste espaço são essenciais para que as futuras gerações também possam aproveitar sua grandeza.