Promulgada em 13 de janeiro deste ano, a Lei 15.100/2015, que restringe o uso de celulares nas escolas, representa um passo fundamental para garantir um desenvolvimento mais saudável e integral para as crianças. Os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos na saúde física e mental dos pequenos podem ser prejudiciais, comprometendo aspectos essenciais do crescimento.
Com mais de 30 anos de experiência profissional, o médico pediatra Antonio Carlos Turner, diretor da rede de clínicas Total Kids, com unidades em Bonsucesso, Olaria e no ParkShopping, em Campo Grande, explica como essa prática afeta a saúde infantil.
“É inegável que a tecnologia faz parte do nosso cotidiano e oferece inúmeras possibilidades. No entanto, o uso indiscriminado de celulares, especialmente durante a fase escolar, pode prejudicar a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades sociais essenciais. A lei reconhece essa realidade e estabelece um ambiente escolar mais propício para a interação social, o brincar e o aprendizado”, afirma o especialista.
Os benefícios são numerosos. Ao eliminar as distrações causadas pelos celulares, as crianças podem se dedicar de forma mais efetiva às atividades escolares, inclusive fora da sala de aula. A proibição do uso de celulares durante os intervalos também estimula a interação entre os alunos, o que é fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Além disso, essa rotina longe dos aparelhos beneficia a saúde física.
“Sem o telefone nas mãos, a criança tem mais tempo livre para brincar e realizar atividades físicas. Dessa forma, há uma melhora na saúde física e ainda se previne o sedentarismo”, destaca Turner. Ele também aponta que a restrição do uso de celulares na escola protege os pequenos contra o acesso a conteúdos impróprios e violentos.
A implementação da lei, no entanto, traz desafios, como a questão do armazenamento dos celulares nas escolas. É fundamental que as instituições de ensino desenvolvam mecanismos seguros e eficientes para guardar os aparelhos, evitando perdas e danos. Além disso, a fiscalização do cumprimento da lei deve ser realizada de forma colaborativa, envolvendo professores, alunos, pais e a comunidade escolar.
“Como pediatras, temos um papel fundamental na orientação de pais e educadores sobre os benefícios da lei e na promoção de hábitos mais saudáveis relacionados ao uso de tecnologia. É importante enfatizar que a restrição do uso de celulares na escola não significa proibir o contato das crianças com a tecnologia, mas sim estabelecer limites e regras para um uso mais consciente e seguro. A Lei 15.100/2015 representa uma importante conquista para a saúde e o bem-estar das crianças brasileiras. Ao garantir um ambiente escolar mais livre de distrações e mais propício à interação social, essa legislação contribui para o desenvolvimento integral das crianças e para a formação de cidadãos mais críticos e conscientes”, conclui Antonio Carlos Turner.
Dr. Antonio Carlos TurnerEspecialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).CRM: 52.46851-4Siga a clínica Total Kids no Instagram: @clinicatotalkids