Embora seja do partido do vice-governador Paco Britto, o Avante, o senhor votou contra o projeto considerado prioritário para o atual governo de ampliação do modelo de gestão do Instituto Hospital de Base para outras unidades. Por quê?
Essa sua posição de alguma forma criou um desgaste com o governador Ibaneis?
Não. Eu continuo sendo um deputado da base, mas coloquei pontualmente essa situação para o vice-governador que esteve na Câmara Legislativa, avisei ao partido e à Mesa Diretora. Essa é uma posição individual minha como técnico. Sou auditor fiscal e professor do GDF. Não poderia me furtar de fazer uma análise técnica, como não deixarei de fazer durante meu mandato.
Sua posição, mesmo sendo da base, é de avaliação projeto a projeto sem se submeter a rolo compressor?
Isso. Não votarei simplesmente porque existe um acordo. Se esse acordo for bom para a comunidade, para o servidor público, para a sociedade como um todo, eu voto positivo. Caso contrário, votarei contra.
O governador Ibaneis Rocha disse que precisa de seis meses para mostrar que o modelo do Instituto Hospital de Base é o ideal, para tentar ampliá-lo para outras unidades. Acha possível rever sua posição?
Sim. Coloquei bem claro para os servidores que se eu tivesse certeza, com a tecnicidade necessária, de que o projeto era viável, não teria dúvida de votar a favor. Quero o melhor para a cidade. Eu e a minha família – sou casado e tenho oito filhos – usamos os hospitais públicos do DF, como também a rede pública de educação, na qual sou professor.
Sua base é Sobradinho. O senhor indicou o administrador de lá?
Foi-me feita a consulta em relação aos administradores. E calhou de ter uma pessoa muito conhecida na cidade, o Eufrásio Pereira, mas isso não vincula meu posicionamento político por conta de ter um administrador que eu me afeiçoe.
Fonte: Correio Braziliense / Ana Maria Campos