O Carnaval do Rio de Janeiro, conhecido mundialmente como a maior festa popular do planeta, é um espetáculo que une tradição, cultura e emoção. No entanto, nos últimos anos, uma prática tem chamado a atenção e gerado críticas de foliões, especialistas e amantes do samba: a falta de respeito de alguns camarotes em relação aos desfiles das escolas de samba.
Durante os desfiles na Marquês de Sapucaí, enquanto as escolas apresentam meses de trabalho, dedicação e histórias emocionantes, muitos camarotes promovem baladas eletrônicas, shows com som alto e até mesmo bailes funk, ignorando completamente o espetáculo que acontece na avenida. Em 2025, a situação chegou a um ponto crítico, com relatos de um camarote que contratou a equipe de som da Furacão 2000 para animar uma festa paralela.
A Tradição X O Comercial
O Carnaval carioca é, antes de tudo, uma celebração da cultura popular brasileira. As escolas de samba representam a história, a luta e a identidade de comunidades inteiras, levando para a avenida enredos que muitas vezes retratam temas sociais, históricos e artísticos. No entanto, a crescente comercialização da festa tem transformado parte do evento em um espaço de ostentação e desconexão com a essência do samba.
Enquanto milhares de foliões acompanham emocionados cada bateria, cada alegoria e cada samba-enredo, alguns camarotes parecem estar em um universo paralelo. Com som alto, luzes estroboscópicas e festas que mais parecem baladas de clubes noturnos, esses espaços privilegiados ignoram o espetáculo cultural que acontece a poucos metros de distância.
Críticas e Repercussão
A prática tem gerado revolta entre os amantes do Carnaval. Nas redes sociais, internautas não pouparam críticas: “É uma falta de respeito com as escolas de samba e com quem trabalha o ano inteiro para fazer um desfile lindo”, escreveu um usuário. Outros destacaram a ironia da situação: “Gastam milhões para estar na Sapucaí e nem assistem ao desfile. Preferem ouvir música eletrônica ou funk, como se não pudessem fazer isso em qualquer outro lugar.”