Auditores-fiscais do Trabalho do Paraná interditam silo de empresa em Ponta Grossa após identificarem graves falhas de segurança

Local não contava com equipamentos básicos de proteção e operava com maquinários irregulares, o que causava risco de explosão

Auditores-fiscais do Trabalho interditaram o silo de uma empresa localizada em Ponta Grossa, durante ação de fiscalização realizada nesta terça-feira (9). Segundo os auditores, foram constatadas diversas irregularidades na estrutura, o que trazia sérios riscos para os trabalhadores do local.

Dentre os problemas apontados, estão o uso de equipamentos elétricos não adequados para a área classificada de risco, o que causa perigo de explosão. Também foi identificada a ausência de equipamentos para a entrada segura dos funcionários em espaços confinados, ocasionando risco de morte por engolfamento (soterramento pelos grãos). “O trabalhador que estivesse trabalhando naquele local podia entrar ali dentro só com a corda e acabar afundando, causando o engolfamento”, alerta o auditor-fiscal do Trabalho Maurício Pavesi, coordenador da operação. “Agora vamos fazer esse detalhamento das irregularidades e das normas que não foram respeitadas para que a empresa seja formalmente notificada”, diz.

Outras falhas encontradas no silo também foram classificadas com graves pela equipe de fiscalização. “Tínhamos também muita poeira acumulada e muita sujeira. Encontramos espaços confinados abertos, sem cadeados, falta de equipamento adequado pra ingresso nesse espaço confinado, falta de equipamento de alerta de emissão de gases ou para içamento de trabalhadores e ausência de cabos para acoplamento de cinto nos silos”, aponta o auditor.

As atividades no local já estão suspensas mediante a notificação. Agora cabe à empresa regularizar a situação e a documentação necessária para retomar as operações. Ainda nesta semana será realizada uma reunião com a empresa responsável pelo silo para que sejam apresentados os esclarecimentos necessários e apontados quais são os procedimentos que deverão ser adotados, com base no termo de interdição. Os auditores-fiscais vão detalhar as irregularidades e medidas de correção em um Laudo Técnico de Interdição que será enviado para o estabelecimento interditado.