Josiane Borges, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
Esse foi o caso do gatinho Paçoca, que começou a apresentar ainda em 2021 problemas renais, recebeu o devido tratamento e melhorou. O problema é que as doenças renais crônicas não têm cura em animais, e atualmente o animal se encontra internado com uma crise grave.
“Ele é um gato grande e gordo e de repente começou a perder peso e não queria mais comer; com isso, foi se debilitando dia após dia e não urinava mais na caixa de área”, conta o tutor de Paçoca, Wesley Lima dos Santos. “Trouxe para atendimento no hospital, e aqui ele está sendo monitorado, com as medicações corretas, e tem obtido uma melhora progressiva no tratamento. Estou gostando muito do atendimento.”
O gatinho está internado no Hospital Veterinário Público de Brasília (Hvep), em Taguatinga. Na unidade de saúde, ele tem recebido todo o tratamento recomendado para a doença, como acompanhamento clínico, exames laboratoriais e de imagens e internação monitorada.
Atenção aos sintomas
“Quando acometidos, os animais passam a beber mais água e urinar com mais frequência, e a urina se apresenta mais clara que o normal, o que já demonstra uma deficiência do rim em filtrar a água”Vinícius José de Carvalho, veterinário
Especialista em nefrologia do hospital, o veterinário Vinícius José de Carvalho explica que, apesar de a doença não ter cura, caso seja detectada em estágio inicial, o tratamento é menos invasivo. “Todos os animais, em especial cães e gatos, estão propensos a ter a doença, por isso devem passar por acompanhamento de rotina”, pontua. “Como qualquer outra enfermidade, quando identificada e tratada na fase inicial, a doença passa a ser controlada e pode propiciar uma melhora na qualidade de vida para os animais”.
O hospital tem obtido êxito no tratamento das doenças renais, mas os tutores precisam ficar atentos para os primeiros sinais da patologia, alerta o médico. De acordo com o médico, após o exame clínico, são realizados exames de sangue e imagem para confirmação do diagnóstico.
“Quando acometidos, os animais passam a beber mais água e urinar com mais frequência, e a urina se apresenta mais clara que o normal, o que já demonstra uma deficiência do rim em filtrar a água”, explica o veterinário. “Os sintomas são seguidos de vômitos, perda de peso e diminuição do apetite”.
Não existe uma regra sobre a época em que a doença possa aparecer nos pets, mas a tendência é que problemas renais atinjam especialmente gatos e cães com idade mais avançada. Para prevenir, o ideal é fazer exames de rotina e estimular a ingestão de água.
Melhorias no serviço
O Hvep faz 150 atendimentos diários. São oferecidos serviços gratuitos de consultas, medicações, exames laboratoriais e de imagem, cirurgias, internação e ambulatório, entre outros.
O hospital também foi expandido e ganhou um novo prédio que possibilitou o atendimento a especialidades como dermatologia, oncologia, ortopedia e oftalmologia, passando a oferecer dez leitos para internação.
Nos últimos quatro anos, a unidade hospitalar registrou 62 mil consultas, 46 mil retornos, 69 mil exames de imagem, 217 mil exames laboratoriais, 18 mil cirurgias e 214 mil administrações de medicamentos. Atualmente, com o agendamento on-line, não há mais filas, e o hospital passou a ter também consultas e cirurgias ortopédicas.
“Estamos à disposição da população”, afirma a diretora do hospital, Lindiene Samayana. “Não precisa trazer o animal somente em estado grave; marque consultas por meio do agendamento com os especialistas. O serviço veio para facilitar ainda mais a vida da população e dos animais” . As consultas no hospital podem ser marcadas pelo site Agenda DF.