Vereador denuncia ao MPF uso de dinheiro público para denegrir ex-presidente e forças policiais

Exposição no Museu da República promove único conteúdo ideológico e desprestigia instituições, diz Fernando Armelau

O vereador Fernando Armelau (PL-RJ) enviou representação ao Ministério Público Federal denunciando a utilização do Museu da República, vinculado ao Ministério da Cultura, para exposição de conteúdo político-ideológico e representações que desqualificam as forças policiais — Militares, Civis, Rodoviários Federais e Federais.

Armelau pede a apuração de improbidade administrativa ou outras irregularidades no uso do espaço e recursos públicos federais para promoção de conteúdo político-partidário, bem como a análise da responsabilidade administrativa e funcional dos gestores e curadores envolvidos.

No último dia 14 de agosto, o vereador  visitou o Museu da República e constatou a realização da exposição intitulada “Crônicas de uma Barbárie”, composta por obras com conteúdo manifestamente político-ideológico, custeadas e exibidas em espaço público federal.

Entre as obras expostas, há charges que associam diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro à pandemia de Covid-19, retratando-o como responsável por mortes em massa; a presença de símbolos de morte, como caveiras, cruz suástica, sangue e cemitérios, além de ilustrações do vírus em atitude de cumplicidade.

Também há representações que desqualificam as forças policiais — Militares, Civis, Rodoviários Federais e Federais —, retratando-as como agentes de extermínio, torturadores ou instrumentos de opressão, utilizando uniformes, brasões e viaturas oficiais para generalizar condutas criminosas, como se fosse “regra institucional”.

Por fim, identificam-se mensagens visuais de caráter acusatório e unidirecional, sem conteúdo educativo, histórico ou plural, empregando espaço e recursos públicos para sustentar narrativas político-partidárias específicas.

“A exposição é direcionada a atacar figuras políticas e a generalizar condutas de categorias profissionais da segurança pública, apresentando, flagrantes indícios de desvio de finalidade na utilização do equipamento cultural público”, denuncia Fernando Armelau.

Na representação à Procuradoria Regional da República da 2ª Região, o vereador solicita a adoção de medidas que assegurem que espaços culturais públicos federais se mantenham fiéis à sua finalidade institucional, respeitando a pluralidade política, a neutralidade ideológica, a probidade administrativa. Fernando Armelau também pede a preservação das provas apresentadas na representação ao MPF como registro fiel do conteúdo da exposição no período mencionado.

“A liberdade de expressão artística está garantida constitucionalmente, mas ela não autoriza a utilização de patrimônios públicos para promover um único conteúdo ideológico ou desprestigiar instituições sem oferecer contraponto equilibrado”, conclui o vereador Fernando Armelau.