Peça musical “Temperos de Frida”, sobre Frida Kahlo, tem temporada prorrogada devido ao grande sucesso
Espetáculo com canções latinas ao vivo foi inspirado na cerimônia para agradecer destino dos seres humanos vivos e cumprir tratos com a misteriosa Catrina, a “Dona Morte”
A vida e a obra da pintora mexicana Frida Kahlo – uma lutadora incansável das causas feministas e pelo empoderamento feminino – serão retratadas no palco teatral em “Temperos de Frida”. A peça musical, contemplada no Edital Funarte Aberta/2023, teve sua temporada prorrogada e será apresentada no Teatro Glauce Rocha, Centro do Rio (em frente ao Metrô Carioca), de 04 a 26 de Abril, às quintas e sextas-feiras, às 19h (exceto na segunda semana do mês). Junto ao cenário histórico em que ela cresceu, em meio à Revolução Mexicana de 1910, o espetáculo traz a efervescência cultural que inspirou a artista reunindo teatro, narração de histórias e músicas latino-americanas entoadas ao vivo. Com uma proposta cênica intimista, tem como pano de fundo o Dia dos Mortos, 02 de novembro, no México. A protagonista Rosana Reátegui, nascida no Peru, é premiada como Melhor Atriz pelo Prêmio de Teatro Para Infância CBTIJ/2022.
“Temperos de Frida” foi inspirada na cerimônia para agradecer o destino dos seres humanos vivos e cumprir os tratos com a misteriosa Catrina, a “Dona Morte”, em uma proposta que tem um diálogo direto com a plateia. A protagonista nos conduz a histórias mescladas com famosas canções latinas, como “La Llorona”, “La Bruja” e “Cucurrucucu Paloma”, entre outras, todas cantadas pela uruguaia Natalia Sarante (vencedora de Melhor Música com a peça Canções para afastar o medo – contos e acalantos latino-americanos no Prêmio de Teatro Para Infância CBTIJ/2022) acompanhada pelo violão de Luciano Camara. A máscara de “Catrina” (Dona Morte), utilizada pela personagem principal, foi confeccionada especialmente no Peru pelo artista Paul Colinó Vargas.
Serviço:
Datas: 04, 05, 18, 19, 25 e 26 de Abril
Dias: Quintas e Sextas-Feiras (exceto na segunda semana do mês)
Horário: 19h
Local: Teatro Glauce Rocha (Centro/RJ)
Endereço: Avenida Rio Branco, 179, Centro/RJ (em frente ao Metrô Carioca)
Ingressos: //www.sympla.com.br/evento/temperos-de-frida/2339094
Valores: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia entrada em casos previstos por lei)
Classificação indicativa: 16 anos
ATENÇÃO: SEM CADEIRAS MARCADAS. ASSENTO POR ORDEM DE CHEGADA NO TEATRO.
Sinopse:
É a noite de comemoração do Dia dos Mortos. O bar Viva la Vida está aberto para todos e todas que queiram chegar. A dona recebe seus amigos: uma cantora e um violonista que, assim como ela, desejam festejar a vida. No centro do espetáculo, trazidos – em corpo, voz e alma – pela atriz Rosana Reátegui, estão a pintora Frida Kahlo e Catrina, a “Dona Morte”. Frida recebeu inúmeras vezes a visita de Catrina, sua madrinha. Do modo que podia, por sua conta e risco, como boa afilhada, sempre afirmou a vida. No espetáculo, a atriz/dona do bar provoca os espectadores a saberem que também eles são afilhados de “Dona Morte”. E, se é assim, como responder aos convites da madrinha? Será que Catrina pode ser uma espécie de guia para uma vida experimentada em maior entrega e abundância?
A peça apresenta uma dramaturgia costurada por três personagens: dona do bar, Frida Kahlo e a Morte Catrina, interpretadas pela atriz peruana Rosana Reátegui, com os trechos marcantes da vida da grande pintora, suas frases emblemáticas e provocadoras, mescladas com músicas latino-americanas cantadas ao vivo. Em “Temperos de Frida”, as paixões estão reunidas nos sabores, no canto e na palavra, como elementos de uma potente bruxaria compartilhada com o público. Seja nos boleros que Frida tanto gostava de cantar, nas histórias de grandes e arrebatadores amores ou na entrega profunda para defender sua vida, ela é aquela que viveu significativa e intensamente.
Contamos a vida de Frida e seus encontros com Catrina como se fizéssemos, também a nós, uma provocação: por onde andam os nossos desejos e as nossas intensidades? A Festa dos Mortos, Frida e Catrina estão no nosso bar Viva la Vida, pois, além de tudo, são fortes motivos para a construção de espaços de comunhão e de encontro com uma América Latina amorosa, potente e festiva que insiste e resiste em todas e todos nós. Pois, como afirma Nêgo Bispo, pensador quilombola, “quem não está preparado para a festa, também não está preparado para a guerra”.
Ficha Técnica:
Concepção, Atuação e Dramaturgia: Rosana Reátegui
Direção: Tatiana Motta Lima
Canto: Natalia Sarante
Violonista: Luciano Camara
Figurinista e Adereços: Francisco Leite
Direção de Produção: Paty Lopes
Direção Executiva: Edison Corrêa (Eu, Rio!)
Cenografia: Daniele Geammal / Renato Marques / Francisco Leite
Colaboração Dramatúrgica: Cadu Cinelli
Iluminação: Thiago Monte
Operação de luz e montagem: Renato Marques
Confecção de Máscara da Catrina: Paul Colinó Vargas (Peru)
Preparação de Máscara: Marise Nogueira
Assessoria de Imprensa: Edison Corrêa/Eu, Rio!
Designers: Rodrigo Menezes / Pedro Pessanha
Fotografia: Renato Mangolin e Edison Corrêa/Eu, Rio!
Realização: QINTI Companhia e EU, RIO!
Artistas:
Rosana Reátegui, Protagonista, é atriz, narradora oral, dramaturga e gestora cultural latino-americana. Peruana residente no Rio de Janeiro.
Tatiana Motta Lima, Diretora Artística, é professora associada da Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), atuando na graduação e na pós-graduação.
Natália Sarante, Cantora, é licenciada em Música pela Unirio. Nascida em Montevidéu, Uruguai, foi integrante do Coro da Universidade da República do Uruguai (2001 – 2004)
Luciano Camara, Violonista, é compositor, arranjador e instrumentista carioca que reúne, em sua criação artística, influências da música universal de Hermeto Paschoal. É Diretor Musical e de Violão de Sete Cordas na “Companhia Folclórica do Rio de Janeiro/UFRJ”.