Carolina Caraballo, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo
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A derrota por 3 a 2 para o time dos servidores não desanimou os socioeducandos. Pudera. Pela primeira vez, jovens e adolescentes que cumprem medida nas unidades de internação do DF vão viajar até outro estado para participar de uma competição. A delegação será composta por 30 pessoas – 15 atletas e 15 funcionários da Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis), ligada à Sejus.
O torneio, já tradicional em uma versão interestadual, contará pela primeira vez com a participação de unidades socioeducativas de vários estados brasileiros. Aproveitando o embalo da Copa do Mundo, cada time representará um país. E coube à equipe do DF representar a França, campeã da edição de 2018.
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Os jovens ficarão em uma das unidades de internação da Fundação CASA durante os quatro dias de campeonato. “É uma operação inédita, tanto para os meninos quanto para nós, servidores”, conta a coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde de Jovens e Adolescentes da Subsis, Fabíola Alves Nascimento.
“Estamos todos muito animados. Nossa legislação reconhece o papel transformador do esporte na vida desses rapazes”, diz Fabíola.
Rotina de treinos
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Para não fazer feio no torneio, o time tem praticado bastante. A rotina de treinos começou em setembro, quando foi realizada a seleção dos jogadores. “Levamos em consideração não só as habilidades com a bola, mas também o bom comportamento dos jovens”, informa o treinador Fabiano de Souza, educador físico da unidade de internação de Brazlândia.
“A partir da peneira, passamos a reunir o grupo até duas vezes por semana”, comenta Fabiano.
O resultado dos treinos não tem aparecido apenas dentro de campo. Qualidades como disciplina e espírito de coletividade se mostram cada dia mais presentes na rotina dos jovens. E a possibilidade de terem encontrado um caminho a ser trilhado no futuro enche os socioeducandos de esperança.
“Hoje, o futebol é tudo na minha vida. Quero poder trabalhar com isso em breve”, conta um dos integrantes do time, que mostra toda paixão pelo esporte na escolha do nome fictício para a matéria. “Pode botar Richarlison? Bota aí, então. Ele é meu jogador preferido”, diz. O jovem confessa que está ansioso com o torneio. Mas já se sente grato pela oportunidade. “Aprendi a ter mais humildade e respeito”, avalia.