“Deadline Day”: Último dia da janela de transferências no Brasil movimenta cifras bilionárias

Prazo para registros internacionais já se encerrou; clubes brasileiros agora só podem negociar internamente ou com jogadores livres.

Por Bruno Baptista

A janela de transferências do futebol brasileiro em 2025 chega ao fim nesta terça-feira (2), após movimentar cifras recordes e remodelar o cenário da Série A. Neste ano, foram R$ 1,739 bilhão investidos em 182 reforços, o maior volume da história do país.

O calendário contou com três períodos neste ano: a janela de abertura, de 3 de janeiro a 28 de fevereiro; a segunda, de 10 de julho até hoje; e uma exceção entre 2 e 10 de junho, exclusiva para Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense, em razão da participação no Mundial de Clubes da FIFA.

Os investimentos

Palmeiras e Botafogo lideraram os gastos, responsáveis juntos por quase R$ 800 milhões, o que representa 46% do total. Apenas nesta segunda janela, iniciada em julho, os clubes desembolsaram mais de R$ 600 milhões, com o Flamengo à frente (R$ 277,7 milhões), seguido por Botafogo e Palmeiras.

Vendas e equilíbrio financeiro

Além das compras, as saídas também foram expressivas. O Flamengo arrecadou cerca de R$ 460 milhões com as vendas de Carlos Alcaraz, Gerson, Wesley França e Matheus Gonçalves. O Palmeiras realizou a maior transação internacional do mercado brasileiro nesta temporada. Estêvão, novo reforço do Chelsea, saiu por € 34 milhões, reforçando o caixa para sustentar os investimentos.

Expectativa para o último dia

Com elencos já reforçados, clubes como Palmeiras, Botafogo e Bahia devem encerrar o mercado sem novas movimentações. Já quem vendeu muito, como o Botafogo, depende agora de oportunidades no mercado interno ou entre atletas livres, já que não pode mais registrar estrangeiros.

Por outro lado, times em crise financeira, como Corinthians e Santos, sofrem para repor saídas importantes. A limitação orçamentária dificulta reforços imediatos, deixando os elencos em situação delicada para o restante da temporada.

Balanço final

A janela de 2025 se consolidou como a mais cara da história do futebol brasileiro, com impacto direto nos elencos que disputarão Brasileirão, Libertadores e a luta contra o rebaixamento. A partir de agora, os clubes só poderão recorrer a jogadores sem contrato para ajustes pontuais.