De ambulante ao Rei do Açaí no Rio de Janeiro

Para muitos, perder um bom emprego é considerado o fim; no entanto, para outros, é a oportunidade de dar uma guinada na vida e recomeçar do zero. E foi assim para o atual empresário Fábio Vaz. De supervisor de vendas em uma multinacional, com altos salários e muitos benefícios, e de uma hora para a outra, o desemprego! Alugou uma barraca em uma galeria. Com sua única reserva de R$500,00, investiu tudo em uma febre que começava a dominar o mercado: O AÇAÍ, sem imaginar que ali sim teria início o grande projeto de sua vida. De executivo, ele passou a camelô. “Poderia estar desmotivado, triste, mas, ao contrário de muitas pessoas, ele não esmoreceu; pelo contrário, ao lado de sua esposa, dedicou-se e buscou forças em suas experiências comerciais. Assim, inovou, desenvolveu ‘copos saborosos’, novas receitas, novos sabores, sendo o primeiro a vender açaí com chantilly, por exemplo. E era tão diferenciado que formavam filas para comprar o açaí”.

Um dia, uma cliente (uma senhora idosa) provou nosso açaí e pediu para que fizesse uma caixa de 10 litros para ela, porque não aguentava mais bater açaí. No momento, recusamos porque não havia estrutura no pequeno quiosque, mas todos os dias ela pedia, e de tanto ela insistir, fiz duas caixas, precifiquei de forma justa e até generosa para ela. O negócio foi bom para ambos, já que eu tinha um novo produto, e ela já não precisava perder mais tempo e saúde batendo polpas de açaí. Assim, toda semana ela pegava, e vi ali uma grande oportunidade de negócio e crescimento. Afinal, quantas pessoas poderiam estar cansadas de ter trabalho de comprar polpas de açaí, quebrar liquidificadores e se livrar da sujeira? Disse Vas

Então, mais uma vez, frente a um desafio, ele decidiu investir. Vendeu o carro e comprou um mais barato. Com a diferença do dinheiro, investiu o que restou em um liquidificador (que ele mesmo adaptou para a produção de açaí), alugou uma lojinha no bairro Colégio. Pronto, nascia a Lokos por Açaí. “Ali começou um projeto grandioso.”

“Minha esposa ficava no quiosque e eu na pequena fábrica improvisada já com 1 funcionário.” Batíamos muitas caixas, eu levava para o Mercadão de Madureira, onde já tinham encomendas e fila com gente esperando. O tempo passou, fomos vendendo cada vez mais, além das caixas, ainda continuávamos a depender da venda de copinhos. Precisei vender o carro, de novo, para comprar uma Fiorino.

Hoje, passados exatos 15 anos, já são 2 fábricas indo para a terceira, com projeto de 6 fábricas até 2030. Com uma produção robusta, maquinários de última geração e larga capacidade de fabricação. O grupo conta com dezenas de grandes distribuidores, centenas de representantes, milhares de clientes cadastrados, milhões de visualizações em suas redes sociais, o transformaram em um grande influenciador online para o empreendedorismo, frota própria para entregas em todo estado, um call-center apenas para atender as milhares de mensagens e ligações diárias, com alcance de vendas de mais de 200 mil caixas de 10 litros no último ano e em números que vêm crescendo cada vez mais.

Mas, de acordo com Fábio Vaz, a história não acaba aqui, já que ele está desenvolvendo um projeto de franquear a marca, de forma acessível para qualquer pessoa empreender com recursos e investimentos da própria empresa através de créditos diretos aos clientes. O Rei do Açaí, além de um grande influenciador digital, é também um empresário dedicado a Solidariedade. Fabio participa de diversos projetos sociais.