BAILE DE MÁSCARAS

Chegou o carnaval. Muita gente na rua.
Cobertas de suas fantasias, cores, aventuras e máscaras.

Por Luiz Philipe Leite

Ou será que, contraditoriamente, é no carnaval que caem as máscaras? Que se vive a realidade? Que se desbotam e borram as faces maltrapilhas? Que se revelam as desventuras?

Sim, é no carnaval que a realidade vem à tona. E quão medíocre são essas vidas. Passam o ano se embriagando, enganando, adulterando, corrompendo, mentido, maltratando, sofrendo e morrendo.

Usam a festa da carne para legalizar suas vidas mal-ajambradas, numa súplica desesperada de colocar o lixo para fora.

De onde virá o socorro dessas pessoas? Quem as livrará da depressão, tristeza, amargura, suicídio, desamor, morte, desespero, da dor de anos inteiros?

Quem as redimirá, salvará, alegrará, abraçará e amará?

Olhem para o Alto. Lá está a resposta. Bem longe da zuada e da carnificina das praças amontoadas de almas vazias e desenganadas.

Quer uma baile de verdade? Onde o riso é sincero? A paz é sublime? Um Caminho onde há verdade e vida? Onde o amor se encontra na avenida?

Há uma companhia sempre agradável, afável, que jamais vai embora e dura para sempre. Alguém que está de braços abertos a te espera. Um Rei que está assentado no trono da Glória e acessível a todos que o buscam.