Reviver Centro 3: CAU/RJ chama atenção para a urgência do projeto que prevê preservação e revitalização de imóveis históricos abandonados ou subutilizados

Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro, Sydnei Menezes, ressalta a importância da ocupação da região central do Rio de Janeiro com novos usos residenciais, comerciais e culturais.

A região central do Rio de Janeiro, marcada por séculos de história, enfrenta um desafio crítico: o abandono de imóveis que, além de representar riscos à segurança pública, carregam valor arquitetônico e cultural. Diante desse cenário, o programa Reviver Centro Patrimônio Pró-APAC (Área de Proteção do Ambiente Cultural), conhecido como Reviver Centro 3, surge como uma iniciativa crucial para requalificar edificações em estado precário.

“Essa iniciativa cria condições para tentar reverter o quadro gravíssimo de abandono e risco de desabamento de prédios e casarões históricos”, afirma Sydnei Menezes, presidente do *Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ). O projeto busca não apenas preservar o patrimônio, mas também estimular novos usos residenciais, comerciais e culturais, dinamizando a região.

Superando a inércia administrativa

Menezes destaca que o Reviver Centro 3 representa um avanço ao propor ações concretas em áreas tombadas e protegidas, onde muitos imóveis estão em situação crítica. “A prefeitura está propondo uma intervenção direta, superando a inércia que por anos perpetuou o abandono desses espaços”, explica.

O programa prevê mecanismos ágeis, como desapropriação com leilão direto, eliminando etapas burocráticas. Além disso, a prefeitura poderá definir previamente os usos prioritários para cada imóvel – como habitação, comércio ou cultura –, garantindo que as intervenções estejam alinhadas com as necessidades urbanas.

O CAU/RJ reforça a importância da atuação de arquitetos e urbanistas no processo. “A preservação dos valores históricos e arquitetônicos é essencial. Projetos de restauro exigem expertise técnica para evitar perdas irreparáveis”, afirma Menezes.

O Reviver Centro 3 prioriza imóveis em péssimo estado de conservação, já mapeados por órgãos técnicos. Com a agilização dos processos e a parceria com a iniciativa privada, a expectativa é que o centro do Rio recupere sua vitalidade, conciliando passado e futuro.