O empréstimo do Banco de Brasília (BRB) de mais de R$ 3 milhões ao senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da república, para a aquisição de imóvel no Lago Sul chamou a atenção dos deputados distritais, que debateram o assunto na sessão remota da Câmara Legislativa desta quarta-feira (3). O deputado Chico Vigilante (PT) apresentou requerimento de informações, lido hoje, sobre as condições da transação e o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) considerou que houve “abuso para privilegiar alguém”.
Ele ainda acrescentou que “desconhece quem tenha conseguido empréstimo igual a esse” e insistiu que o banco somente permite o comprometimento de 30% da renda mensal do tomador dos recursos, enquanto, neste caso, o comprometimento seria de 49% do salário. Além disso, questionou o fato de o senador ter registrado o imóvel em um cartório de Brazlândia a cerca de 50 quilômetros da localização do imóvel. “Explicações precisam ser dadas”, afirmou.
O deputado Hermeto (MDB), líder do governo na CLDF, defendeu a operação e Delmasso (Republicanos), após uma consulta ao banco, fez uma explicação sobre os juros que o BRB aplica nesse tipo de negócio. “Foram empregadas condições do empréstimo imobiliário que valem para qualquer pessoa”, observou.
Marco Túlio Alencar
Foto: Carlos Gandra/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa